Os investimentos do governo com o Fundo Estadual de Saúde caíram R$609,2 milhões no primeiro semestre de 2015 quando comparados ao mesmo período do ano anterior.
Obs.: Excluídos os gastos com Despesas de Exercícios Anteriores e com despesa de pessoal (grupo 1)
Com esta redução, os órgãos de saúde pública do governo estão sendo muito afetados. Os repasses do fundo para a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) caíram 50,8% de 2014 para 2015; os repasse para a Fundação Ezequiel Dias (Funed) caíram 36,6%; para a Fundação Hemominas, 32,2%; e para a Escola de Saúde Pública, a redução nos repasses foi de 49,7%.
Quem tem mais sofrido com o contingenciamento de recursos na área da saúde são os municípios mineiros. Enquanto no primeiro semestre de 2014, o Programa de Fortalecimento da Rede Municipal de Saúde recebeu um aporte de R$151,2 milhões, em 2015 foram apenas R$104.932,24.
Outros programas governamentais também têm sido alvo de forte redução de investimentos. A Rede de Urgência e Emergência teve seus recursos reduzidos a apenas 6,61% do valor executado nos seis primeiros meses de 2014. Se no ano passado foram gastos R$15,6 milhões, neste ano somam-se apenas R$1,03 milhão.
Enquanto Minas Gerais acumula mais de 60 mil casos de dengue neste ano de 2015, quase o dobro do total verificado no mesmo período do ano passado, o governo se exime de aplicar recursos para seu combate. Enquanto nos seis primeiros meses de 2014 foram executados R$43,6 milhões para o combate à dengue, neste ano o governo aplicou o mísero valor de R$1,8 milhão.
O atendimento aos usuários de drogas também teve seus recursos reduzidos neste primeiro semestre de 2015 quase à metade do executado em 2014. Se no ano passado o gasto foi de R$12,2 milhões, em 2015 foram apenas R$6,8 milhões.