A Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) confirma a omissão do governo Fernando Pimentel em relação à dívida pública do Estado com a União. De acordo com informações divulgadas pela imprensa, desde que Pimentel assumiu não há qualquer atuação junto ao governo federal e ao Congresso Nacional no sentido de buscar uma revisão da dívida.
A revisão dos contratos seria uma das possibilidades para tentar renegociar juros e prazos para o pagamento dos débitos com o governo federal, estimados em R$ 74,65 bilhões e que constituem um dos principais gastos no orçamento de Minas. Além de não endossar o pedido da Câmara dos Deputados para que o Tribunal de Contas da União (TCU) faça uma auditoria nas dívidas do Estado, a administração petista está atuando no sentido de adiar o processo de revisão do endividamento, segundo matéria na imprensa.
Até 2014, os governadores tucanos Aécio Neves e Antonio Anastasia, do PSDB, e Alberto Pinto Coelho, do PP, atuaram intensamente para tentar viabilizar a aprovação de um Projeto de Lei no Congresso Nacional em que estados e municípios reivindicam a redução do índice de correção de suas dívidas com a União. Entretanto, o governo federal do PT tem atuado no sentido de impedir ou procrastinar a vigência de indexadores menos extorsivos.
Minas foi o estado onde a relação dívida/receita mais cresceu no 1º semestre
De acordo com levantamento realizado pela assessoria técnica do bloco de oposição Verdade e Coerência, na Assembleia Legislativa, Minas foi o Estado onde a relação dívida/receita mais cresceu no 1º semestre de 2015, com uma variação de 10,61 pontos percentuais, e a inércia do governo petista no Estado contribui para a escalada do endividamento. O estudo foi feito com base em dados oficiais da Secretaria do Tesouro Nacional.
Nos primeiros seis meses, o percentual de endividamento do estado com relação à receita cresceu de 178,97% para 189,58%, ultrapassando o limite prudencial, que é de 180%.
Evolução da dívida/receita

Entre 2003 e 2014, em função de uma gestão profissional e rigorosa das contas públicas, Minas conseguiu enquadrar o endividamento do Estado dentro dos parâmetros estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Conforme mostra o gráfico abaixo, em 2002 a dívida estadual estava bem acima dos limites da LRF e em 2014 estava abaixo:

Publicado em 16 de setembro de 2015